quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meus Bons Propósitos

- C. H. Dennis -

Bons propósitos para o novo ano... é possível cumpri-los? José toma um lápis, uma folha de papel e sempre anota os seus maus costumes e erros – e com firme decisão escreve: "Dessa vez quero cumprir meus bons propósitos".

- 1 de janeiro – "Tudo bem: durante todo o dia pensei nos meus bons propósitos".
- 2 de janeiro – "Muito trabalho na loja; num telefonema me escaparam algumas palavras que eu não deveria ter dito, mas não foi intencionalmente".
- 3 de janeiro – "...não foi tão bom; inconscientemente acendi um cigarro e fumei mais um antes que me desse conta".
- 4 de janeiro – "Hoje estou muito ocupado para pensar em bons propósitos".
- 10 de janeiro – "Bons propósitos? Que nada...! Eu nem sou tão mau assim".


Quantos de nós já passaram por essa mesma experiência! Não decorrem muitos dias depois de decidirmos mudar e notamos que é difícil melhorar a nós mesmos – e finalmente chegamos à conclusão de que nem somos tão maus assim.
Parece que faz parte da natureza humana querermos melhorar o nosso próprio eu e não o conseguirmos. A Bíblia diz: "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal?" (Jr 13.23). Numa outra passagem a Bíblia diz: "Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante mim, diz o Senhor Deus" (Jr 2.22). E ainda: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos" (Jr 17.9-10a).
As pessoas gostam de fazer um novo começo quando reconhecem sua pecaminosidade – mas infelizmente olham para a pessoa errada. Elas olham para dentro de si mesmas e tentam melhorar a natureza velha, pecaminosa – e cada vez isso termina em fracasso. Deus diz que tentar fazer algo de bom por si mesmo é uma tentativa tão inútil como tentar mudar a cor da pele de um mouro.
Contudo, Deus tem um outro caminho para mudar uma pessoa e possibilitar-lhe um novo começo. Ele oferece não apenas um novo começo, mas também apaga os pecados do passado: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17).
Neste novo começo de ano, por que você não reconhece Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, para experimentar a alegria do perdão dos seus pecados e ter a certeza da vida eterna? Ao invés de estabelecer novos bons propósitos a cada ano, você poderá olhar para o passado, para o momento em que Deus lhe deu um novo começo – uma nova vida – uma nova esperança.
Jesus disse em João 6.37: "...o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora".

O Presente Real

Quantos esforços fazemos na época do Natal para alegrar com presentes os que nos são chegados! Não poupamos tempo ou dinheiro para alegrá-los. A satisfação de quem recebe um presente com gratidão e o utiliza reflete-se naquele que o presenteou.
Mas como são pequenos e fúteis todos os esforços humanos e as experiências com nossos presentes, quando avaliamos a grandiosidade e a profundidade do presente singular e incomparável que Deus, em Seu amor ilimitado, deu a nós seres humanos no Natal: "Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou..." (Rm 8.32). O Filho de Deus foi entregue para morrer em nosso lugar e com sua morte expiou a culpa do nosso pecado, abrindo novamente o caminho para Deus, dando-nos a vida eterna! Por isso Paulo prossegue em Romanos 8.32, exclamando com alegria: "...porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" Este é realmente um presente de rei, um presente que nos foi dado quando Jesus tornou-se homem, sem o qual estaríamos perdidos. Jesus "se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" (Gl 1.4).
Os nossos presentes terrenos sempre são apenas símbolos do nosso apreço por alguém. Mas Deus, ao contrário, deu-se a Si mesmo "integralmente". Ele realmente investiu tudo para a nossa salvação. Como procedemos com o Seu presente? Estamos sempre conscientes da ilimitada grandeza do Seu sacrifício? Temos também consciência do ilimitado esforço que Deus fez em favor de nós pecadores? Além disso, como aceitamos o Seu presente? Se temos que agradecer quando recebemos presentes das pessoas que nos querem bem, quanto mais devemos agradecer e valorizar esse presente de Deus! E também devemos usufruir desse presente em toda a sua plenitude.
Mas isso somente acontece quando estamos dispostos a entregar a Deus tudo aquilo que gostaríamos de guardar para nós mesmos. Não são as coisas exteriores as que realmente importam, o que devemos entregar ao Senhor é o mais íntimo do nosso ser, aquilo que consideramos nossa vida particular, que não gostamos de expor a mais ninguém. O que está em jogo é o meu coração. Sobre meu coração, que eu gostaria de ver reservado só para mim, Deus coloca a Sua mão e diz: "Dá-me, filho meu (ou filha minha), o teu coração" (Pv 23.26).
Deus quer o meu coração, pois justamente nele Jesus deseja ser o único e absoluto Senhor e Mestre, e essa é ao mesmo tempo a condição imprescindível para que Ele realmente possa dar-me tudo em Jesus Cristo.
A festa do Natal deveria sempre recordar de maneira viva essa profunda verdade de que Jesus é o maior presente de Deus para nós, e essa festa também faz com que nos preocupemos a respeito de como procedemos em relação a tal presente. Você já aceitou essa dádiva com gratidão ardente e entregou a Ele o seu coração?

O Verdadeiro Natal

Sem dúvida, o Natal é a data mais festejada do cristianismo. Nem mesmo os ateus conseguem fugir do Natal, e de uma ou outra maneira são confrontados com essa festa. Mas até que ponto conseguimos realmente compreender o significado do Natal?
Em pensamentos sempre lembramos da estrebaria e da criança na manjedoura. Mas esse é apenas um dos fragmentos visíveis do que aconteceu naquela ocasião. O Natal é muito mais. Ele é a primeira ligação entre o céu e a terra. Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana. O eterno e poderoso Deus, uma personalidade que não pode ser compreendida pelo nosso raciocínio, um poder que não pode ser expresso em palavras, enviou o Seu Filho Jesus para a terra. Cristo, o Filho de Deus, teve de tornar-se homem!
Certamente Deus poderia ter agido de outra maneira. Ele poderia ter dado uma aparência sobre-humana a Seu Filho, como a um anjo, enviando-O para a terra. Mas assim Jesus não ter-se-ia tornado homem, e Ele também seria sempre visto somente como um ser sobrenatural.
Jesus tornou-se homem. Ele começou a Sua vida como todos nós: Ele nasceu num mundo perdido. Ele não teve nenhum lar seguro, pois pobreza, inquietação e fuga caracterizaram os primeiros dias da Sua vida. Com Ele aconteceu exatamente o mesmo que ocorre a milhões de pessoas em nossos dias. Jesus foi homem como nós. Esta é a verdade sóbria do Natal. Mas a mensagem do Natal é o esplendor da glória de Deus que paira sobre todos esses acontecimentos. Embora Jesus tivesse se tornado homem, Sua verdadeira glória não pôde permanecer oculta. Até os magos do longínquo Oriente reconheceram: lá em Belém nasceu alguém que é mais que simples homem! Eles O procuraram e tiveram um encontro com Jesus. O Natal é o convite de Deus a nós seres humanos: venham, vejam meu Filho! O verdadeiro encontro com Jesus, o verdadeiro Natal, também fez com que os magos do Oriente mudassem os seus planos de viagem: "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2.12). O encontro com Jesus protegeu-os de um novo encontro com o Seu adversário.
O Natal também é uma ordem de Deus a nós: siga por outro caminho! O grande perigo em relação ao Natal está na tradição exterior. Brilho de luzes e cânticos de Natal não fazem o Natal. Ele somente torna-se uma festa verdadeira se encontrarmos Jesus de verdade e se por meio disso ocorrer uma mudança no rumo da nossa vida. O encontro com Jesus abre os nossos ouvidos interiores para a exigência do Altíssimo: siga por outro caminho! Estamos dispostos a obedecer ao que Deus nos ordena? (Peter Malgo)